Elden Ring... O que torna este jogo tão bom? - PCManias.com (2024)

Nunca pensei sequer em pegar em Elden Ring. Mas agora que peguei… adorei. E mesmo que o venha a largar, a realidade é que não posso deixar de reconhecer que este é um dos melhores jogos alguma vez criados.

Quando Dark Souls foi lançado, nem lhe toquei. O alerta que vinha de amigos era que era um jogo desesperante, onde se morria, morria e morria. E desde essa altura que os jogos Soul me ficaram marcados como algo a evitar.

No entanto quando Bloodborne saiu, resolvi experimentar… E a experiência não foi boa!

Recordo que mal comecei o jogo, me apareceu o primeiro “Mob”… Um mero personagem ultra secundário que tinha de matar para passar… e morri com ele! Segunda vez… e morri com ele! Basicamente aprendi depressa que nesses jogos o “hack and slash” não serve!

Mas o certo é que encostei Bloodborne, sendo que apenas peguei nele de novo uns meses mais tarde! E dessa vez, com mais pachorra! E avancei… avancei… e avancei. Até que me chateei de morrer e ter de voltar tudo para trás, repetindo trajetos enormes para tentar depois matar o boss no final.


Daí que jogos Soul… nem vê-los, e quando me falavam deles só me vinha à mente que em Bloodborne tinha avançado apenas uns três ou quatro Bosses e desistido do jogo, sendo desesperante. E apesar de me dizerem que aqui Elden Ring era diferente… não acreditei!

Aliás o aqui leitor e colaborador, Daniel Torres bem tentou que eu jogasse esse jogo, mas sendo ele um apaixonado de Dark Souls, decidi ignorar e passar.

Até que bem recentemente um colega de trabalho me veio chatear com o jogo. E ignorei-o. Elogiei o jogo, mas disse-lhe que não pretendia avançar para uma compra de um jogo desse estilo.

Mas eis que um outro colega adquire o jogo a um preço reduzido e joga… E daí para a frente, eram já dois a moerem-me a cabeça!

Nesse sentido, porque me prometiam ajuda, e porque conseguia vender o jogo usado quase a preço de custo, avancei!

E o que vi… surpreendeu-me!


Eleden Ring… é um Souls… mas um Souls diferente! Não deixa de ser difícil, mas não tem a questão da frustração dos outros, e de ter de repetir corredores e mais corredores. Aqui o mundo é aberto, e tanto mobs como bosses, apesar de difíceis, que se calhar demoram algumas tentativas para se matar, não são aquilo que chamo de impossíveis.

E quando um boss se torna complicado, nada como ir “farmar” novas armas, evoluir o equipamento, e voltar lá!

Tudo isto pode parecer repetitivo, e certamente até o é, mas as musicas épicas, o grafismo cuidado, a atenção ao detalhe e pormenor, tornam o mundo vivo e cativante. Basicamente o mundo apaixona, e ver a personagem crescer, é algo que ajuda imenso. Para além do mais, com amigos, sempre que um boss se revela difícil, pode-se sempre pedir ajuda… e limpar-lhe o sebo!

O certo é que estou apaixonado. Não só pelo jogo, pela jogabilidade, pelo cuidado ali colocado na criação do mesmo, mas acima de tudo pela banda sonora épica, pelo pormenor e cuidado gráfico colocada no jogo. Ver aqueles castelos monumentais erguidos sobre zonas altas, e com as muralhas super trabalhadas, é qualquer coisa. E ainda recentemente, para obter uma chave para entrar numa academia que é um desses mesmos castelos, tive de combater um dragão gigante, numa batalha que considerei como épica.

Creio que acima de tudo o que mais prende no jogo é a satisfação de dever cumprido que surge quando se derrota um dos mais de 180 “bosses” espalhados pelo jogo, a maior parte dos quais são opcionais, mas que diga-se, ajudam imenso a evoluir, facilitando a vida face ao que vem de seguida.


O ponto menos positivo do jogo é a sensação de perdido que um jogador tem quando entra naquele mundo aberto. Basicamente não se sabe o que se fazer, sendo o mundo enorme e recheado de perigos. Mas o certo é que acaba-se por se encontrar o caminho, e quando nos apercebemos que não estamos ainda aptos a passar naquela zona, basicamente volta-se para trás para se “farmar” e evoluir.

Naturalmente que não queria estar no lugar daqueles primeiros que entraram no jogo, e que tiveram de o fazer sem informação nenhuma. Certamente esse jogo não seria para mim! Mas o certo é que agora há imensa ajuda e informação na internet, que nos permite ser mais objetivos e evitar andar perdidos à procura de algo. E isso é talvez algo que, para a minha perspectiva de jogo, se torna imprescindível para eu estar a gostar. Se estivesse perdido, vendo um mundo enorme à minha frente e sem saber sequer para onde me dirigir, e com toda aquela dificuldade. seria tremendamente frustrante. Mas agora, isso não precisa de acontecer, e para alguém que não aprecia esse tipo de coisa, isso passa-se por cima, permitindo desfrutar-se do jogo da melhor forma possível.

Nesta fase não vou fazer uma review do jogo, e sinceramente, nem sequer sei se o virei a acabar ou se me cansarei do mesmo (um problema que é meu e não do jogo), mas no entanto não posso deixar de elogiar tudo o que vejo e já joguei. O mundo foi criado com um cuidado extremo, o grafismo deixa-nos por vezes de boca aberta, a variedade de classes, armaduras, armas, magias, talismãs, e outros é abismal, e a banda sonora, eu nem quero falar dela. É absolutamente genial!

O que posso e pretendo dizer com este artigo, é apenas que se alguém está na posição que eu estava, e não queria ver Elden Ring nem pintado por ser um souls… Experimente! Acredito que vai, tal como eu, ficar agradavelmente surpreendido.

Não posso porém terminar esta postagem sem uma nota sobre algo que Eleven Ring me deixou ver com toda a clareza.


Um jogo não precisa de ser acessível, um jogo não precisa de ajudar o jogador. Bolas, um jogo nem sequer precisa de ter uma boa história (porque diga-se que a história aqui, para além de espalhada pelo mapa e a de ter de construir, é confusa como tudo). Basicamente um jogo tem de ter boa jogabilidade… E divertir! E apenas com isso, um jogo pode ser um sucesso.


Elden Ring... O que torna este jogo tão bom? - PCManias.com (2024)
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Author: Dr. Pierre Goyette

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